Stephen King sempre foi o autor que eu mais tive vontade de ler a minha vida toda, mas sempre achei os livros dele muito caros, então sempre deixava ele um pouco de lado. Mas a vontade sempre aumentou, principalmente depois de ter visto a adaptação de 'O Iluminado' e ter lido criticas não tão positivas sobre o filme em comparação com o livro.
Bendito o dia em que eu estava na universidade, a caminho do restaurante quando me deparo com a minha querida feirinha de livros (a mesma feirinha que já comprei um hardcover de Deathly Hallows por 15 dilmas), e encontro Carrie. Uma edição antiga, velhinha, acabadinha, mas muito charmosa. E o melhor de tudo, custando 3 reais. Pensei duas vezes? Não.
Comprei o livro mas só fui ler depois de umas duas semanas. Mas assim, depois de ler a primeira frase, eu não consegui largar o livro. E quando eu digo isso, eu não estou exagerando.
Carrie, uma menina incomum, tímida, sozinha. Mora com a mãe, uma fanática religiosa. Sofre bullying na escola. Tem um dom escondido.
Após um "acidente" durante a aula de educação física, Carrie é humilhada, mas a partir deste momento ela descobre que é especial, que não é igual aos outros.
Tudo muda após uma brincadeira de mal gosto na festa de formatura. Todos vão pagar. E bem caro.
Stephen King conseguiu criar uma grande história e conseguiu desenvolve-la majestosamente em menos de duzentas páginas. Tantos detalhes, tantas descrições. Tudo é relevante. Nada é entediante.
Temos aqui uma história sobre os animais mais endiabrados do universo. Os adolescente. Como é um adolescente. Nossos medos, nossas frustrações, nossos desejos. O quanto podemos ser maus, O quanto podemos ser bons. Somos egoístas e nojentos, mas também somos menosprezados e incompreendidos. Temos medos tanto quanto temos sonhos. Tomamos atitudes erradas e não nos damos conta das consequências.
Nós nos achamos os melhores. Eu me acho o melhor, você se achar o melhor, ela se acha a melhor. Não nos damos conta do que tem ao nosso redor, do potencial dos outros. De que no fundo não somos os únicos aqui. Todos nós somos diferentes e somos igual do nosso jeito. Ninguém é perfeito, todos somos humanos. Todos somos estranhos.
De vem em quando me pego pensando, e se a Carrie era a única pessoa "normal" naquela escola e todos os seus colegas eram os estranhos? E se nós, individualmente, somos os normais e o resto a nossa volta são todos estranhos? Muita vezes nós nos sentimos os estranhos, deslocados, mas e se na verdade não é bem assim?
Stephen King nos faz lembrar como é ser humano. Ele nos mostra a Carrie que carregamos dentro de nós. Temos nossas emoções. Como eu disse, temos medos, desejos, mas para mim, um dos sentimentos mais poderosos que temos dentro de nós, o sentimento que mais nos faz humanos é a raiva.
É a raiva que mostra o quão humanos somos. O quão frágeis e carentes somos. É a raiva que determina nosso caráter. Como agimos. Como deixamos a raiva tomar conta de nós. Como nos controlamos Ou não.
Olá!!
ResponderExcluirEu também sou uma dessas pessoas que é louca para começar a ler King, mas as oportunidades quase nunca aparecem. E eu quero começar ler justamente por esse livro. Depois de ler sua resenha já não é mais uma questão de querer e sim precisar haha.
Parabéns pela resenha.
Beijos
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